quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Petrobras contesta informações sobre potencial de campos de Tupi e Guará
A Petrobras contestou nesta terça-feira as informações divulgadas pela britânica BG, sua sócia em campos do pré-sal, que apontavam volumes maiores para as reservas das áreas de Tupi, Iracema e Guará, na bacia de Santos. A estatal, líder do consórcio que explora as descobertas, considera que são necessários mais testes e perfurações de novos poços para delimitar as reservas. Contratada exclusivamente pela BG, a consultoria Miller and Lents estimou reservatórios, somados, de 10,8 bilhões de barris para as três áreas. A estatal reiterou suas previsões originais de reservas de 5 bilhões a 8 bilhões de barris para Tupi e Iracema (bloco BM-S-9) e de 1,1 bilhões a 2 bilhões para Guará (BM-S-9). De acordo com a Petrobras, é "relevante a conclusão dos poços que estão em perfuração na área do Plano de Avaliação de Tupi para a divulgação de informações adicionais sobre volumes recuperáveis de óleo e gás que podem ser extraídos dos campos em Tupi e Iracema". Já para o campo de Guará, a estatal diz considerar "importante a perfuração de novos poços de delimitação do reservatório e a realização de um Teste de Longa Duração de produção de óleo para a revisão da estimativa de volume anunciada". Segundo a Petrobras, a estimativa da BG não corresponde a uma avaliação oficial o consórcio das reservas existentes nos campos. "A Petrobras, na qualidade de operadora dos Blocos BMS-11 e BMS-9, esclarece que a nota divulgada terça-feira, pela BG Group (BG) sobre estimativas de volumes de óleo equivalente recuperável em Tupi, Iracema e Guará, no pré-sal da bacia de Santos, não constitui uma divulgação dos consórcios responsáveis pela operação dos blocos. As informações são de responsabilidade da BG e foram respaldadas por relatório de empresa de consultoria contratada unicamente pela BG". A Petrobras demostrou ainda estar em desacordo com o procedimento da sócia de informar suas estimativas sobre as descobertas. "A Petrobras informou à BG Group a necessidade de cumprimento das regras estabelecidas no Contrato de Operações Conjuntas", disse a estatal, na nota. O contrato prevê que apenas o operador, no caso da Petrobras, pode prestar informações sobre o potencial de reservas das descobertas. É bem recomendável que a Comissão de Valores Mobiliários abra investigação sobre a utilização destas informações privilegiadas. Isto não cheira bem.
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