terça-feira, 2 de novembro de 2010
Oito de cada dez prostitutas detidas na Espanha em 2009 eram brasileiras
Estatísticas policiais divulgadas nesta terça-feira pelo Ministério do Interior da Espanha indicam que cerca de oito em cada dez prostitutas detidas no país em 2009, ou 86% delas, são nascidas no Brasil. Os dados confirmam que as mulheres brasileiras são as principais vítimas da maioria das quadrilhas de prostituição que atuam no país. Das 17 grandes organizações de tráfico de pessoas desmanteladas pela polícia no período, 11 atuavam com brasileiras. As mulheres detidas foram consideradas vítimas de prostituição pela legislação espanhola. Prostituir-se é legal no país, embora a exploração sexual seja delito. Em segundo lugar, depois das brasileiras, estão as romenas. Os dados foram apresentados no Congresso pelo ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, que chamou as quadrilhas de "máfias de crime organizado". O Ministério identificou ainda três localidades que concentram a maioria dos quase quatro mil prostíbulos que traficam mulheres: Madri, Barcelona e Valência. Apesar de traficar mulheres brasileiras, a maior parte das quadrilhas é composta ou chefiada por europeus. O governo espanhol diz que o número de quadrilhas aumentou 6% em relação ao ano anterior, mas nove em cada dez grupos investigados foram desmantelados total ou parcialmente. Os brasileiros aparecem também na lista dos mais presos por falsificação de documentos nos últimos 12 meses. O Ministério do Interior definiu os "grandes tipos de delitos" como tráfico de drogas, tráfico de seres humanos, corrupção, lavagem de dinheiro, falsificação e roubos. Nos últimos 12 meses, a polícia espanhola desmantelou 561 quadrilhas, prendeu quase 6 mil pessoas e apreendeu bens em torno de R$ 650 milhões.
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