quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Fogaça procura minimiza as ásperas críticas de Pompeo sobre a campanha ao governo gaúcho
O ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, respondeu nesta terça-feira, às críticas feitas pelo deputado federal Pompeo de Mattos, durante uma entrevista à Rádio Encantado, sobre a campanha ao governo gaúcho. Segundo Pompeo de Mattos, o candidato José Fogaça deu pouco espaço para a manifestação do vice, o que foi um erro, segundo ele, da equipe que cuidou do marketing da campanha. Durante a entrevista, no último domingo, Pompeo de Mattos manifestou pela primeira vez o seu descontentamento. Disse ele: "Eu me tapei de nojo. Cheguei a pensar em renunciar. O Fogaça não dizia coisa com coisa". E acrescentou na entrevista: "Me dá 30 segundos no programa de televisão que eu mudo a história dessa eleição". Ele afirmou que fez o pedido para José Fogaça: "Me dá a sobra do programa de rádio e de televisão. Sabe o que ele me deu? Aquilo que o peixe faz, nada, nada e nada. Aí então eu me tapei de nojo. Só podia dar no que deu, o que é lamentável". É incrível que pessoas na vida pública conheçam tão pouco umas das outras. Na campanha eleitoral de 1990, quando concorreu ao governo gaúcho na sucessão de Pedro Simon, que concorria ao Senado Federal, José Fogaça teve o mesmo comportamento com seu candidato a vice, na época, José Ernesto Azzolim Pasquotto. O candidato a vice começou a campanha com todo gás, fez três ou quatro aparições incisivas nos seus programas de televisão, entusiasmando os peemedebistas, e foi o suficiente para Fogaça se manifestar em reunião de comando da campanha, de maneira clara, a respeito de sua contrariedade pela presença de Pasquotto nos programa. Disse ele: "Até parece que o candidato a governador é o Pasquotto". Não é preciso dizer mais nada, Pasquotto não quis fazer mais nenhum programa de rádio ou televisão até o fim da campanha. Também naquela campanha o resultado foi o mesmo. Fogaça fez uma campanha péssima, de má vontade, contrariado, emburrados. E aconteceu o inevitável, perdeu para Alceu Collares (PDT), enquanto Pedro Simon se elegia paqra o Senado. Agora, Fogaça tentou minimizar as críticas de Pompeo de Mattos. Ele disse, em entrevista a programa de rádio: "É difícil conviver com a derrota em uma eleição. Andei lado a lado com Pompeu por todo o Estado e não houve sequer uma reunião partidária em que não falassem o vice e o governador. Mas, quanto à propaganda de televisão, o critério às vezes é aproveitar pouco o vice, mas é coisa de quem monta o programa". Bobagem, não engana ninguém. Nos programas de rádio e televisão mandam exclusivamente o candidato ao governo. No programa, para variar, Fogaça não esclareceu nada sobre as suas vacilações a respeito de apoio a candidatura presidencial. Parece que ele entrará para a história como o Jânio Quadros gaúcho. A única pista que ele deixou sobre seu futuro é que poderá dar aulas de Direito Constitucional em alguma faculdade de Direito.
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