sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Exército troca tiros com bandidos no Complexo do Alemão

Uma intensa troca de tiros ocorre na tarde desta sexta-feira entre criminosos e militares do Exército no conjunto de favelas Alemão, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. A ação se concentra na avenida Itararé, um dos principais acessos ao conjunto de favelas. Cerca de 800 paraquedistas do Exército foram destacados pelo Ministério da Defesa para as áreas de conflito na Penha, que foi alvo de ocupação por centenas de traficantes terroristas na tarde de quinta-feira. A retomada da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão se desdobrará em duas operações diferentes. Uma, sob o comando do governo do Estado, consistirá nas incursões das polícias Militar e Civil, com o apoio logístico das Forças Armadas, ou seja, uso de blindados do Exército e da Marinha e helicópteros da Aeronáutica. A segunda, que se resumirá às operações de patrulhamento nos cerca de 40 acessos aos dois morros, será chefiada pelo Comando Militar do Leste. É nessa segunda operação que atuam os 800 militares. Mais cedo, o general Adriano Pereira Júnior, comandante Militar do Leste, afirmou que cerca de 60% dos 800 homens enviados ao Rio de Janeiro têm experiência no tipo de operação que acompanha na cidade. Questionado sobre a possibilidade de um confronto direto entre criminosos, ele respondeu: "Se tiver confronto, infelizmente vamos ter que partir pra isso". Um helicóptero da Polícia Civil que sobrevoava a região entre a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, também na zona norte, foi alvo de tiros disparados pelos criminosos, mas não sofreu avarias. Os ataques e incêndios em veículos começaram domingo. Para a polícia, é uma retaliação do tráfico contra as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e a transferência de detentos para presídios federais. O governo Lula, e também a futura presidente Dilma Rousseff, estão agora completamente envolvidos e responsáveis também pelo sucesso das operações de repressão ao banditismo no Rio de Janeiro. E terão que se explicar com seus companheiros das Farc, responsável pelo suprimento de armas pesadas dos traficantes nos morros da cidade.

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