segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Documentos revelados pelo WikiLeaks dizem que China já se mostra disposta a abandonar a Coréia do Norte
O jornal britânico "The Guardian" divulgou nesta segunda-feira mais uma rodada dos mais de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos. Os telegramas alegam que a China já sinalizou que está pronta para aceitar a reunificação coreana e está, de maneira privada, se afastando do regime comunista da Coréia do Norte. Os documentos dizem ainda que autoridades chinesas descrevem a Coréia do Norte como "uma criança mimada". O gigante asiático é o principal e um dos únicos aliados da Coréia do Norte. Pequim tem sido pressionado pelos Estados Unidos a tomar uma atitude e tentar conter os atos provocativos da Coréia do Norte, em especial após o ataque do país a uma ilha na vizinha Coréia do Sul, que deixou quatro mortos. Segundo o "Guardian", um dos cinco jornais que obtiveram acesso com antecedência aos documentos diplomáticos, revelam que a frustração de Pequim com Pyongyang cresceu desde o teste de mísseis e teste nuclear no ano passado. O país se preocupa com o impacto econômico da instabilidade do regime na região e de que a morte do ditador Kim Jong-il poderia criar uma disputa sucessória. O vice-chanceler sul-coreano afirma, em um dos documentos, que ouviu de dois oficias seniores chineses que a península Coreana deveria ser reunificada sob controle de Seul e que tal visão ganha força entre "uma nova e mais jovem geração de líderes chineses". Mas, ressalva, se Seul for retomar o controle de toda a península pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra, a China quer igual oportunidades. A Coréia do Sul, ainda segundo os documentos, já está planejando garantir às companhias chinesas amplas oportunidades comerciais na parte norte da península, rica em minérios.
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