quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Dilma diz que apedrejamento de Sakineh seria uma "coisa bárbara"; enforcada pode?
A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira ser "radicalmente contra" o apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani, acusada de adultério e homicídio em seu país. "Eu não tenho nenhum status oficial para fazer isso, mas acho uma coisa muito bárbara o apedrejamento da Sakineh", afirmou Dilma: "Mesmo considerando os usos e costumes de outros países, continua sendo muito bárbaro". Quer dizer que outro modo de execução, como o enforcamento de Sakineh pode, mesmo tendo sido decidido por uma farsa de justiça? Mais cedo, a ativista iraniana Mina Ahadi, porta-voz do Comitê Internacional contra Apedrejamento, havia dito esperar que a presidente eleita intervenha para tentar evitar a execução de Sakineh. "Dilma é mulher e conhece bem os problemas enfrentados por mulheres", disse Mina, por telefone. A execução de Sakineh estava marcada para esta quarta-feira, mas não ocorreu, segundo o Icas. Com a pressão internacional contra o apedrejamento, a iraniana pode ser executada por enforcamento. Questionada sobre a relação do Brasil com o Irã, a futura presidente disse que o diálogo continuará com todos os países do mundo: "Nós não temos nenhuma política de agressão, de violência. Nós defendemos a paz. Aqueles que dialogarem conosco em paz, serão recebidos em paz". Dilma disse que tem uma "posição intransigente" quanto aos direitos humanos. Ela se disse favorável a manifestações que conduzam a uma melhoria nesta área, "mas não necessariamente estrondosa". "Muitas vezes, para conseguir melhoras nos direitos humanos, você tem de negociar", afirmou Dilma.
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