sábado, 16 de outubro de 2010
Reservas externas custam R$ 45 bilhões ao País
A manutenção das reservas internacionais superiores a US$ 280 bilhões custa ao contribuinte brasileiro cerca de R$ 45 bilhões ao ano (o equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto), segundo estimativas de economistas como Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, e o ex-diretor da instituição, Alexandre Schwartsman. O valor supera o total de investimentos públicos previstos para 2010. No primeiro semestre, o governo investiu um recorde de R$ 20,6 bilhões. Se mantiver o ritmo, o total no ano chegará a R$ 41,2 bilhões. As reservas custam caro porque o Banco Central aplica a maior parte dos recursos em títulos públicos de países desenvolvidos, notadamente dos Estados Unidos, que hoje em dia pagam taxas de juros próximas de zero. Como o Brasil não tem excedente orçamentário para adquirir os dólares, o governo o faz por meio de endividamento. Só que a taxa básica brasileira está em 10,75% ao ano. A diferença entre o juro externo e interno é o custo das reservas. Isso é o que faz a festa da banqueiragem promovida pelo PT.
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