segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Policia Federal do Amazonas faz busca e apreensão em comitê de senadores eleitos
A Polícia Federal do Amazonas fez nesta segunda-feira operação de busca e apreensão de documentos no comitê central da coligação dos senadores eleitos Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB), em Manaus, e também na empresa e na casa do servidor público municipal Abrahim Calil Nadaf Neto. Eles são acusados pelo PSDB de envolvimento em um esquema de compra de votos e abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral. Com a vitória de Eduardo Braga e Vanessa Grazziotin, o senador tucano Arthur Virgílio Neto não conseguiu se reeleger. A ação da Polícia Federal foi determinada no sábado, pelo juiz federal, Márcio Luiz Coelho de Freitas, do Tribunal Regional Eleitoral, atendendo a um pedido do procurador eleitoral, Edmilson Barreiros, que abriu inquérito civil público para apurar o caso. Durante as buscas, dois computadores e uma arma, com porte vencido, foram apreendidos na casa de Nadaf Neto. Segundo o PSDB, a empresa A.C Nadaf Neto Assessoria e Comércio Exterior pagou a cerca de 6.000 cabos eleitorais quantias que variam de R$ 600,00 a R$ 1.200,00 por meio de cartões que permitiam saque no Bradesco. Com esse dinheiro, de acordo com o PSDB, foram comprados votos, por R$ 50,00 cada um, no dia da eleição. Sete cabos eleitorais prestaram depoimentos na sede do Ministério Público Eleitoral. Zaidan, que é o chefe da Casa Civil do governo do Amazonas, disse que foram contratados pela coligação 6.800 cabos eleitorais. Disse que, desde a eleição de 2006 eles são pagos com cartões de banco e que o processo é lícito: "Não foram contratados para comprar votos".
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