terça-feira, 12 de outubro de 2010
Dilma vai à missa, sinal de que a sua campanha realmente foi atingida, mas não comunga
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira, em entrevista à TV Aparecida, que o País ainda terá "assaltos à ética", mas que ela, se eleita, fará um governo comprometido com questões éticas. Em tom "religioso", Dilma disse ainda que "nunca se conseguirá afastar os pecadores". "Nunca se conseguirá afastar os pecadores, no caso os que pecam contra a ética. Mas assim como a Igreja preserva ao povo de Deus do pecado, é importante que as instituições políticas do País preservem a coisa pública dos maus feitos", disse Dilma. Indagada por um bispo que a entrevistava sobre a falta de ética na política, a candidata concordou que esse é um problema recorrente no País, mas disse que em 30 anos de vida pública nunca teve "uma mancha ética". A petista afirmou que não seria como os "hipócritas", que acreditam que "perto da gente não tenha nenhuma pessoa que violou a ética". O comando da campanha da petista Dilma tratou de levá-la correndo para uma missa, e logo em Aparecida do Norte, porque sua situação não está bem. Pela primeira vez em sua história política, o PT meteu-se em uma enrascada sem saída: resolveu dar de frente com dogmas da cristandade, como os mandamentos, em especial o que diz "não matarás", na questão do aborto. Mas, também, quanto ao casamento de gays, porque a bíblia diz: "crescei e vos multiqueis". A outra questão diz respeito à liberdade de crença, de informação, de liberdade. O PT envolveu-na na condenação dos símbolos cristãos, como a proibição de crucifixos em orgãos públicos. E ainda com o desejo de impedir a livre comunicação na imprensa, o que atinge as emissoras e outros veículos de comunicação religiosos. Assim, a ida da petista à Basílica de Aparecida do Norte soou falsa, até porque ela viu a missa, mas se recusou a comungar.
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