A Receita Federal identificou 22 consultas ao CPF do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, em 2009, ano em que o sigilo fiscal do tucano foi violado. Além da própria Receita, os acessos foram feitos por outros órgãos públicos, entre eles o Banco Central, a Polícia Federal e o Ministério Público. Trata-se de consultas aos dados cadastrais, como nome do contribuinte, endereço e telefone. A Receita ainda não sabe se esses acessos tiveram motivação, ou seja, foram feitos de forma legal. O sigilo de Eduardo Jorge foi violado várias vezes em diferentes "ocasiões e datas", segundo relatório assinado por Guilherme Bibiani Neto, chefe da Corregedoria da Receita Federal em São Paulo. O documento faz parte do procedimento administrativo da Corregedoria da Receita, que, sob sigilo, apura o caso. Entre as consultas listadas, dez ocorreram na agência do fisco em Formiga (MG) no dia 4 de março de 2009. O responsável pela consulta foi o servidor Gilberto Souza Amarante, funcionário do fisco na cidade mineira desde 2001. Ele disse que não se lembra de ter consultado o CPF de Eduardo Jorge. "Não vejo motivo para isso. As pessoas chegam, apresentam o documento e é feito o acesso. Os motivos são os mais variados possíveis. Estou até surpreso, vou procurar saber", afirmou ele. Este Gilberto Souza Amarante é filiado ao PT desde agosto de 2001. Amarante aparece nos registros oficiais do Tribunal Superior Eleitoral como filiado ativo do PT de Arcos (MG), cidade distante 30 quilômetros de Formiga.
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