A escolarização das crianças e adolescentes de 7 a 14 anos se universalizou nos anos 1990, mas a frequência escolar dos jovens brasileiros que deveriam estar no ensino médio avança em ritmo muito mais lento. No ano passado, 14,8% dos adolescentes de 15 a 17 anos estavam fora da escola, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira. O número representa avanço em relação ao ano anterior, quando 15,9% dos jovens na faixa etária não frequentavam a escola. Em 2008, essa taxa de inclusão avançou depois de cinco anos de estagnação. O IBGE destaca que houve uma melhora nos indicadores referentes ao ensino médio no País. Mas, ressalva que metade desses alunos ainda não estão cursando a série adequada para a sua idade: 50,9% dos estudantes de 15 a 17 anos frequentam a série correspondente à sua faixa etária. Em 2004, esse percentual era de 44,2% e, em 1999, de 32,7%. Para o instituto de pesquisa, a taxa está ligada ao atraso no ensino fundamental. "É fato constatado que a maioria das crianças brasileiras ingressam nesse ciclo sem antes ter cursado o pré-escolar, o que acarreta um atraso de em média dois anos", diz Ana Lucia Saboia, gerente de Indicadores Sociais do IBGE. Ela afirma que, embora a educação melhore no País, o ritmo é moderado: "O sistema educacional do País sempre foi muito frágil. A gente não consegue chegar à média de oito anos de estudo da população, apesar de todos os avanços pelos quais o País tem passado nos últimos anos". Em média, o brasileiro com 15 anos ou mais tinha 7,5 anos de estudo em 2009. De acordo com o instituto de pesquisa, o Brasil fica atrás de outros países com o mesmo nível de desenvolvimento econômico. A taxa de analfabetismo caiu no ano passado e atingiu 9,7%. Em 2008, a taxa era 10% e, em 1999, 13,3%. Segundo o IBGE, o analfabetismo no país se concentra entre os mais velhos. Do total de analfabetos, 33% têm 60 anos ou mais, 10,2% são pretos, 58,8% são pardos e 52,2% estão no Nordeste. Essa pesquisa é completamente furada, porque não leva em conta a evasão escolar dos adolescentes. Em Porto Alegre, por exemplo, chega a ser escandalosa. Videversus desafia os pesquisadores do IBGE a visitarem, por exemplo, o Colégio Estadual Júlio de Castilhos, antigamente escola modelo do Rio Grande do Sul, atualmente um desastre. Nessa escola, um professor recebe quatro turmas no início do ano e, já no meio do ano letivo, está com apenas uma turma, embora continue recebendo como se tivesse as quatro. Isso não aparece nas pesquisas. Por isso que se diz: estatística é a mãe das mentiras, só revela farsa.
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