sábado, 25 de setembro de 2010
Presidente da OAB condena ataques contra a imprensa
Para Ophir Cavalcante, presidente nacional da OAB, ataques à liberdade de imprensa e de expressão, como têm feito o presidente Lula e entidades ligadas ao PT, não podem ser tolerados sob nenhum pretexto. De acordo com Cavalcante, as críticas dirigidas à mídia não têm fundamento, já que "tudo o que foi noticiado tem tido crédito". Ele disse estranhar que aqueles que já se valeram da imprensa quando eram minoria agora resolvam se voltar contra ela. Disse Ophir Cavalcante: "A OAB não concorda com essas críticas. Para a OAB, não há democracia sem liberdade de expressão, princípio essencial sobre o qual se erige o Estado democrático. Essas críticas vêm de setores e autoridades que sempre se valeram da liberdade de imprensa e de expressão quando eram minoria e estavam na oposição. Eles sempre usaram esses espaços democráticos para expor ideias e efetuar críticas. É estranho que agora tenham esse posicionamento. Não sei se são atitudes eleitoreiras, mas não representam suas próprias histórias". Ophir Cavalcante foi enfático em afirmar que não houve qualquer risco à democracia nas denúncias feitas pela imprensa: "Não podemos por nenhum momento tolerar restrições à liberdade de imprensa e de expressão. As atitudes que vêm sendo adotadas pela mídia reafirmam o preceito democrático. A reação que está havendo pode até colocar em risco esse princípio maior. Não podemos em nenhum momento transigir com a liberdade de expressão sob o argumento que seja, sob pena de haver um descaminho que não podemos tolerar". Ele também não aceita que haja exceswso na atuação da imprensa: "A meu ver, não há nada de novo no que a imprensa brasileira vem fazendo em termos de denúncias. Ela continua exercendo o mesmo papel que sempre exerceu. É claro que, no processo eleitoral, a notícia toma dimensão maior e é aproveitada pelos envolvidos. Mas isso não pode retirar da imprensa a sua liberdade. Eventuais exageros, que até agora não vi, se houver, devem ser combatidos dentro do processo judicial. Até agora, tudo o que foi noticiado tem tido crédito, pois já provocou renúncia de ministra e exonerações de funcionários públicos. Se não fosse verdade, não haveria esse efeito".
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