A Potássio do Brasil, empresa brasileira com sócios locais e internacionais, teve sucesso na primeira perfuração feita na bacia do Amazonas em busca de potássio, e poderá lançar ações na Bovespa para financiar o seu projeto de US$ 2,5 bilhões. "O primeiro furo já mostrou potencial para uma jazida de classe mundial", afirmou o diretor-executivo de operações da Potássio do Brasil, Helio Diniz, referindo-se a depósitos que ele acredita ter acima de 1 bilhão de toneladas. A área onde foi feita a descoberta fica a 13 quilômetros da reserva de potássio da Petrobras conhecida como Fazendinha, no município de Nova Olinda (AM), cujas reservas foram estimadas em 500 milhões de toneladas, mas que estão paradas aguardando decisão do governo sobre o ativo. Sócios da Potássio do Brasil, reunidos na mineradora Falcon Metais, venceram em 2008 uma licitação da Petrobras para exploração de Fazendinha. Mas o processo foi interrompido pelo governo na época sob alegação de que a política para o setor seria revista. Enquanto aguardavam a decisão do governo, alguns sócios da Falcon (brasileiros, canadenses e australianos) adquiriram outros direitos minerários na região. E logo na primeira perfuração da área obtida junto ao DNPM (Departamento Nacional de Pesquisa Mineral), a Potássio do Brasil comprovou o potencial de grande porte da mina. O anúncio foi feito uma semana depois de a empresa GME4 anunciar no Mato Grosso reservas de fosfato, outra matéria-prima para a produção de fertilizantes, estimadas em 427 milhões de toneladas, além de minério de ferro. Segundo Diniz, a previsão é de que a produção de 2 milhões de toneladas anuais de cloreto de potássio seja iniciada entre 2015/2016, o que hoje corresponderia a um quarto da demanda nacional pelo produto. O Brasil, potência agrícola, importa a maior parte do fertilizante que consome. O teor de potássio da descoberta é de 40%, sendo o restante de sal de cozinha que será devolvido à mina. Segundo comunicado da companhia, o furo PB-AT-10-02 encontrou silvinita (minério de potássio) com 1,86 metro de espessura, a uma profundidade de 841.78 metros. O furo foi concluído a uma profundidade de 889,25 metros. "Estamos bastante animados com o fato deste furo de sondagem ter apresentado teores mais elevados do que quaisquer dos 16 furos históricos realizados anteriormente pela Petrobras em Fazendinha", informou Diniz no comunicado. O Brasil ocupa a sétima colocação no ranking mundial em termos de reservas de potássio. A lista é liderada pelo Canadá, com 62,6% das reservas, e Rússia, com 12,5%.
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