O presidente Lula acusou a oposição, na noite desta quinta-feira, em Belém, de fazer "jogo rasteiro" e falar "infâmias" contra o grupo político dele, mas afirmou que não vai entrar no "jogo baixo que eles fazem", e sim comparar realizações de governo. "Precisamos dizer para essa elite política rabugenta, que não aceita a gente governando o País, que nós não vamos fazer o jogo baixo que eles fazem", disse durante comício da governadora do Pará, a petista Ana Júlia Carepa (PT), candidata à reeleição. Ainda segundo ele, "a gente não pode se iludir com discurso fácil, com a sabedoria tucana". No evento, Lula não comentou a demissão da ministra chefe da Casa, Erenice Guerra (o braço direito de Dilma Rousseff) do governo. Em seu discurso, o presidente afirmou ainda que, em 2005, ano do escândalo do Mensalão do PT, "eles tentaram até me derrubar", mas "em 2006 nós demos o troco" com a reeleição dele. Ele disse que tinha medo do segundo mandato porque poderia "ficar cansado e fracassar", mas atualmente ele agradece a Deus "por ter feito uma revolução neste País". Lula usou a maior parte do discurso, que durou cerca de 30 minutos, para defender a reeleição de Carepa e criticar a oposição paraense, que antecedeu a petista no governo. No Estado, o PSDB foi governo durante 12 anos consecutivos antes de 2006. "Todos eles da oposição são farinha do mesmo saco, desde do tempo do regime militar. Eles todos nasceram do mesmo útero. Eles se chamavam primeiro Arena, depois PDS, PFL, depois passaram a se chamar DEM e daí se juntaram com tucanos", disse. O comício serviu para tentar alavancar a campanha da petista, que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. Segundo o Ibope, realizado entre os dias 24 e 26 de agosto, o ex-governador Simão Jatene (PSDB) aparece com 43% das intenções de voto em primeiro lugar, contra 33% de Ana Júlia Carepa.
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