A Justiça interrompeu na noite de segunda-feira a investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre a fraude que levou à violação do sigilo fiscal de Verônica Allende Serra e Alexandre Bourgeois, filha e genro do candidato à Presidência da República José Serra (PSDB). Em decisão de 45 linhas, o juiz José Carlos Camargo, da 1ª Vara Criminal de Santo André, barrou o trabalho da Delegacia Seccional de Santo André e ordenou remessa à Justiça Federal do inquérito que fora aberto por ordem do Palácio dos Bandeirantes. O juiz alegou “incompetência absoluta” da Justiça estadual. A ordem frustra pedido de acesso ao histórico de chamadas telefônicas realizadas e recebidas por dois importantes personagens da trama petralha, os contadores Antônio Carlos Atella Ferreira e Ademir Estevam Cabral. Os dois são acusados de terem produzido documentos forjados para obter na Receita cópias de declarações de renda de Verônica e de Alexandre. Instaurado em 3 de setembro, o Inquérito nº 1.406/10 teve vida curta, durou apens 10 dias. Por meio desse inquérito o governo paulista planejava mergulhar no caso que revolta Serra e abala a Receita. Pena que faltem juízes federais no Rio Grande do Sul para dizer à Polícia Federal que não lhe compete promover intervenções federais no Rio Grande do Sul e conduzir investigações que não são da sua alçada, nas quais não tem prerrogativas para agir.
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