As versões dos parentes da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, para se defenderem de favorecimentos dentro do governo foram montadas nas estruturas do Palácio do Planalto e do escritório de advogados Trajano e Silva Advogados, envolvido no escândalo de lobby no governo federal. A advogada Maria Euriza Alves Carvalho, irmã de Erenice Guerra, usou, por exemplo, um computador do Trajano e Silva Advogados para escrever a nota em que justifica o aval que deu em 2009, quando estava no governo Lula, para contratar sem licitação o mesmo escritório, onde trabalha um irmão das duas, Antônio Alves Carvalho. Já o e-mail enviado pelo filho de Erenice, Israel Guerra, à revista Veja, passou pelo crivo da Casa Civil do Palácio do Planalto. Segundo o governo Lula, isso ocorreu porque Israel passou a mensagem para Vinicius Castro, envolvido no escândalo e que foi exonerado pelo governo na segunda-feira. Os dois são apontados como mentores de um esquema de lobby e cobrança de propina de empresas que tentam fechar contratos com órgãos públicos ligados ao governo federal. Maria Euriza enviou ao jornal O Estado de S. Paulo um e-mail às 18h04 de segunda-feira, com um arquivo anexado, com explicação sobre o parecer que deu para autorizar a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da qual era consultora jurídica, para contratar o escritório do irmão sem licitação por R$ 80 mil. O documento informa que o arquivo do texto foi criado em um computador do próprio Trajano e Silva Advogados. Um dos donos do escritório, o advogado Márcio Silva, que também trabalha para a campanha de Dilma Rousseff (PT), informou ao jornal paulista que Maria Euriza escreveu a nota do Rio de Janeiro em um laptop emprestado pelo Trajano e Silva. A irmã de Erenice Guerra presta serviços a eles. A advogada Maria Euriza justificou que autorizou o governo a contratar sem licitação o escritório do irmão delas por questão de “emergência”. O contrato era de seis meses e por R$ 80 mil, mas no fim ficou em R$ 25 mil. Então tá....
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