segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Colômbia cassa mandato de senadora que dava suporte a terroristas das Farc
A Procuradoria Geral da Colômbia cassou o mandato da senadora Piedad Córdoba, do Partido Liberal, por colaboração com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, organização terrorista e traficante de cocaína). Ela está impedida de ocupar cargos públicos por 18 anos. Piedad Cordoba é acusada de promover as Farc e colaborar com o terrorismo. "A investigação teve origem nos achados dos aparelhos eletrônicos confiscados na Operação Fênix, quando foi abatido Raul Reyes", então chefe das Farc, informou a Procuradoria. Os investigadores cruzaram documentos dos terroristas e traficantes de cocaína e da senadora, que se identificava como Teodora, Teodora de Bolívar, Negra ou Negrita. Segundo a Procuradoria, "a parlamentar se excedeu em suas funções assim como na autorização dada pelo governo para gerenciar o intercâmbio humanitário". A Procuradoria anunciou que as informações foram comprovadas de acordo com dados enviados pela Corte Suprema e pela Promotoria. Além disse, informou o órgão, "foram levadas em conta as saídas da senadora do país, interceptações autorizadas de ligações telefônicas a terroristas e a declaração de Viktor Tomnyuuk, infiltrado ucraniano, que teve contatos com um comandante dos terroristas". "Por estes atos, o Ministério Público estabeleceu com convicção que a senadora deu conselhos ao grupo, como não enviar vídeos de pessoas sequestradas pelos terroristas, e sim gravações de voz dos prisioneiros, para uma melhor estratégia em busca de seus objetivos. Também deu às Farc informações à margem da lei sobre assuntos diferentes, como a liberação dos sequestrados, entre eles possíveis doações de governos estrangeiros a departamentos colombianos", diz o comunicado. Ainda segundo a Procuradoria, Piedad Cordoba "instruiu e solicitou às Farc que desse provas de vida dos sequestrados para favorecer governos de outros países".
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