quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Bônus no Exterior de empresas brasileiras podem ultrapassar US$ 40 bilhões
Na esteira da liquidez internacional farta, o volume de emissões de empresas brasileiras com bônus no Exterior deve seguir aquecido no curto prazo, podendo superar a casa dos US$ 40 bilhões em 2010. De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), as captações corporativas com bônus em 2010 até 22 de setembro somam US$ 30,2 bilhões, montante já bem superior aos US$ 22,1 bilhões contabilizados em todo o ano passado. A recente avalanche de captações tem um ingrediente mais ocasional: o atual quadro benigno pode não se manter, tanto em caso de melhora quanto de piora da economia global. Por esse raciocínio, o maior apetite do investidor global por papéis de renda fixa corporativa teria crescido após dados mais recentes mostrando um vacilo na retomada da economia dos Estados Unidos. Em meio à expectativa de que o juro norte-americano vai ficar perto do chão por mais tempo, o interesse por papéis de renda fixa de empresas aumentou, disse Sandy Severino, diretor de banco de investimentos do BTG Pactual. Nas captações realizadas nas últimas semanas, para prazos de médios de dez anos, as empresas brasileiras pagaram taxas que rondaram os 6% e 7%. Enquanto isso, os papéis de dez anos do governo dos Estados Unidos oferecem rentabilidade ao redor de 2,5%. Meses atrás, essa taxa oscilava de 3% a 4%.
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