O tucano José Serra voltou nesta segunda-feira a fazer críticas a Dilma e ao presidente Lula. No Rio Grande do Sul, Estado onde se mantém na dianteira, Serra atacou a distribuição de cargos em estatais entre aliados do Planalto e relembrou a frase de Lula, dita em 1993, segundo a qual havia "300 picaretas" no Congresso. "Não sou daqueles que dizem que o Congresso tem 300 vigaristas ou picaretas. Hoje estão todos os picaretas com a outra candidata. Tem gente muito boa no Congresso, mas tem uma dominação excessiva de políticos sobre estatais", discursou ele. Serra voltou a prometer cortar o loteamento de cargos em estatais e foi irônico ao dizer que "estatizaria" os Correios, que, segundo ele, "foram privatizados". "Sua diretoria não serve aos Correios, serve a partidos ou a setores de partidos. Nunca o patrimonialismo e o fisiologismo avançaram tanto no nosso País", garantiu Serra. Depois, disse aos jornalistas que vai, diariamente, citar algum tema para comparação com a rival do PT. No domingo, ele citou a distribuição gratuita de medicamentos: "O que ela fez na vida em matéria de distribuição de medicamentos? O governo em que ela supostamente mandava não fez essas propostas que ela faz agora". Em Porto Alegre, no almoço para 1.000 convidados que o apóiam, composto por personalidades gaúchas e apoiadores de partidos políticos, Serra disse que aprendeu a falar no rádio com o ex-governador Leonel Brizola, quando ainda era líder estudantil nos anos 60. No evento, a escritora Lya Luft leu um manifesto de intelectuais gaúchos que apoiam a candidatura de Serra. O manifesto era para ter sido lido pelo jornalista Flávio Tavares, mas correu a informação de que ele desistiu da tarefa após levar um "conselho" ao ouvido da empresa que lhe paga.
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