A Justiça do Peru ordenou nesta quarta-feira a prisão da norte-americana Lori Berenson, depois de anular sua liberdade condicional. Antes de ser libertada da prisão, em maio, Berenson cumpriu cerca de 15 anos de prisão de uma pena de 20 anos por colaborar com o grupo guerrilheiro Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA). Um alto funcionário do Ministério da Justiça disse que uma comissão de juízes concluiu que a libertação dela foi fraudulenta porque a polícia não conseguiu confirmar a localização do apartamento onde ela ficaria morando em Lima, durante a liberdade condicional. A libertação de Berenson provocou controvérsia em um país ainda traumatizado por um conflito que matou cerca de 70 mil pessoas. O MRTA se manteve ativo nos anos 1980 e 1990, quando um grupo insurgente maior, o Sendero Luminoso, também tentou depor o governo. Berenson nasceu em Nova York e estudou no Massachusetts Institute of Technology antes de se envolver com questões de justiça social na América Latina. Ela foi presa em um ônibus no Peru em 1995 e acusada de integrar o MRTA. Na segunda-feira, em uma rara aparição pública diante um tribunal, Berenson, de 40 anos, pediu desculpas por ter apoiado o MRTA: "Sim, eu colaborei com o MRTA. Nunca fui uma líder ou militante. Nunca participei de atos violentos ou sangrentos. Nunca matei ninguém", disse perante um painel de juízes.
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