O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, corre sério risco de passar por um vexame nesta segunda-feira, em Porto Alegre. Há cerca de um mês, na residência de Ruy Lopes (ex-executivo da Gerdau, responsável pelas relações institucionais), foi armando um suposto comitê suprapartidário para todar a campanha de Serra no Rio Grande do Sul. Na verdade, esse foi o sinal para a entrega das tarefas do suposto comitê supra-partidário para um escritório de comunicações, o do jornalista José Barrionuevo. O primeiro ato programado, como é comum é muitas campanhas eleitorais, foi marcar um almoço, para "dar a largada" na campanha de José Serra no Rio Grande do Sul. O almoço está marcado para as 13 horas desta segunda-feira, no Galpão Crioulo, no Parque da Harmonia. Pois bem, a organização do evento causa inveja ao cineasta italiano Mario Monicelli, que rodou o filme "O Incrível Exército Brancaleone". O escritório do jornalista Barrionuevo produziu um manifesto, a ser assinado pelos aderentes ao almoço. O texto do manifesto foi enviado para José Serra, em São Paulo, que não gostou dos seus termos. Enquanto isso, na Capital gaúcha, o escritório de José Barrionuevo se esmerou em despachar e-mails cobrando a assinatura de várias personalidade, inclusive do ex-ministro Paulo Brossard, do Supremo Tribunal Federal. Aí ligações começaram a ser disparadas para São Paulo, e de São Paulo para Porto Alegre. Um emissário, o deputado federal Ibsen Pinheiro, também da coordenação deste comitê suprapartidário, procurou o ex-ministro Brossard, em sua casa, na noite deste domingo, para assegurar sua presença no almoço e assinatura no manifesto. O jornalista José Barrionuevo se apresenta nos e-mails como interlocutor dos deputado federais Osmar Terra e Ibsen Pinheiro, ambos do PMDB gaúcho, nas tarefas do comitê suprapartidário.
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