Comparações entre governos por parte dos três principais candidatos ao Piratini marcaram o debate de estréia da campanha, na TV Bandeirantes, em Porto Alegre, nesta quinta-feira. Diluídos por um formato que colocou lado a lado na bancada favoritos e postulantes com poucas expectativas de vitória, Tarso Genro (PT), José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB) aproveitaram as poucas oportunidades em duas horas de encontro para criticar seus adversários. O primeiro confronto mais ríspido ficou reservado para o segundo bloco, com perguntas relacionadas ao tema da saúde. Beneficiado pelo sorteio que determinava que Yeda Crusius fizesse uma pergunta a ele, o vereador Pedro Ruas (PSOL) aproveitou a resposta para questionar Yeda sobre as suspeitas de corrupção no Detran e na Operação Solidária. Na explicação, além de dizer que a Justiça a excluiu do processo do Detran, Yeda atribuiu ao sucesso do site Transparência RS, que torna públicos os gastos do governo do Estado, o que considera o fim das notícias negativas de seu governo nas manchetes dos jornais. "Eu assumi o passado. Nós pagamos as dívidas do passado e construímos ao mesmo tempo o presente. Espero que não seja pessoal, pois a Justiça já me retirou do que vocês me incluíram no passado", respondeu Yeda Crusius. Mais tarde, o candidato do PSOL, braço direito do PT, também fustigou Fogaça, por não ter sido aberta uma CPI na Câmara da Capital para investigar suspeitas de irregularidades na Secretaria da Saúde, na gestão do ex-prefeito, por pressão de aliados. É engraçado ver o braço direito do PT falar assim, quando o então prefeito peremptório Tarso Genro usou o então advogado Eros Grau para fechar CPI da Habitação na Câmara Municipal. O momento mais quente entre o peremptório Tarso e Fogaça se deu no terceiro bloco. Tarso perguntou ao peemedebista se ele concordava com a governadora quando ela disse ter herdado episódios de corrupção do governo anterior, de Germano Rigotto (PMDB). Sempre que foi possível, Tarso tentou apontar contradições na candidatura de Fogaça. Chegou a dizer que não sabe se o ex-prefeito é oposição ou situação, aludindo ao fato de o PMDB participar do governo Yeda. Como resposta, Fogaça destacou que não tem uma proposta "adversarial" como a de Tarso, destacando que pretende "manter o que está bom". Engraçado é que ninguém tenha perguntado como ele aceitou doação de escritório de campanha do estelionatário argentino Cesar Arrieta em sua campanha, em 2000.
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