O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), afastou temporariamente dos cargos os cinco servidores da Secretaria de Meio Ambiente acusados pela Polícia Federal de integrar um grupo que fraudava autorizações de desmatamento e de retirada ilegal de madeira de áreas públicas e de proteção ambiental. Além de dois coordenadores de manejo florestal, um lotado em Sinop, e outro em Alta Floresta, também foram afastados três técnicos da secretaria citados pela Polícia Federal. Além dos cinco servidores da secretaria, foram detidos o ex-secretário de Meio Ambiente Luiz Henrique Daldegan, o ex-adjunto da secretaria Afrânio Migliari (atual secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Rural) e o chefe de gabinete do governador, Silvio Corrêa. Também foram presos preventivamente donos de madeireiras, serralherias e de propriedades rurais, além do ex-conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Ubiratan Spinelli, que deixou o tribunal em dezembro de 2007, e seu filho, Rodrigo Spinelli, funcionário da área técnica do tribunal. Um dos presos foi detido em Vitória (ES) e outros dois no interior de São Paulo. Na operação ainda foram detidos assessores do presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PP), e sua mulher, Janete Riva. A Polícia Federal estima que o valor mínimo dos danos ambientais chegue a R$ 900 milhões, cálculo detalhado em quase uma centena de laudos periciais feitos pelo setor técnico-científico da Polícia Federal em Mato Grosso e que permitiu à Justiça Federal decretar o sequestro e a indisponibilidade dos bens dos 91 acusados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário