O jornalista opositor cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há 86 dias para exigir a liberação de presos políticos, disse nesta quinta-feira que espera uma proposta da Igreja Católica para reconsiderar seu protesto. Ele fez sua declaração por telefone, a partir do hospital de Santa Clara, a 280 quilômetros a leste de Havana, onde está internado. Fariñas, de 48 anos, psicólogo e jornalista, iniciou a greve de alimentos e líquidos um dia após a morte do preso político Orlando Zapata. Ele pede a libertação de 26 presos políticos (de um total de 200), mas não descarta reconsiderar sua exigência dependendo do resultado da negociação da Igreja. Fariñas afirmou que recebeu na terça-feira a visita de dois padres, emissários do cardeal Jaime Ortega, que pediram que tivesse "calma", já que há discussões entre as hierarquias máximas do governo e da Igreja sobre a situação dos presos, e afirmaram que voltariam com uma proposta concreta.
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