A Câmara dos Deputados trabalha a aprovação de mais um pacote de bondades que traz em seu bojo um novo rombo nas contas públicas, até agora incalculável pelo governo, que foi incluído na medida provisória de reestruturação de carreiras de servidores da administração federal. Apenas três, das 21 alterações no texto original da MP 479, resultam em um impacto de R$ 3,122 bilhões aos cofres públicos, quase 100 vezes mais que o gasto de R$ 31,769 milhões previsto na MP encaminhada ao Congresso pelo presidente Lula. A MP será votada nos próximos dias. A menos de cinco meses das eleições e em busca de votos, parlamentares fazem a multiplicação de benefícios por meio de alterações nas medidas provisórias, instrumento de tramitação mais rápida pelo Legislativo e meio usado pela base na negociação com o governo. Além de entrar na pauta com urgência e prioridade, as medidas provisórias precisam ser votadas em 120 dias, caso contrário perdem a validade.
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