Os cofres públicos liberaram nos últimos 5 anos pelo menos R$ 750 milhões para pagar salários acima do teto constitucional para 1.061 servidores da União, dos Estados e de municípios. Uma auditoria realizada pelo procurador Marinus Eduardo Marsico, representante do Ministério Público no Tribunal de Contas da União, identificou casos de funcionários que recebem mais de R$ 100 mil em um único mês e têm até 11 fontes diferentes de remuneração. Um relatório mostra prejuízo anual calculado em R$ 154 milhões, considerando como teto o antigo salário pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal, que era de R$ 24,5 mil e foi reajustado, em outubro, para R$ 25,7 mil, e que envolve 604 órgãos dos três níveis administrativos. Esses casos Os dados foram obtidos a partir de um cruzamento do Relatório Anual de Informações Sociais e do Sistema Integrado da Administração de Recursos Humanos entre agosto e dezembro de 2008. Segundo o procurador, o gasto irregular pode ser ainda maior porque a pesquisa não envolve aposentados e pensionistas de empresas estatais, do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, de Estados e dos municípios, além dos inativos das Forças Armadas. Isso é o que se chama literalmente de privatização do Estado em benefício de castas de servidores públicos. E olha que esse procurador não fez nenhum levantamento no Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Se fizesse, ficaria escandalizado. Por essas e outras é que conselheiros de Tribunais de Contas de todo o País articulam-se para criar um Conselho Nacional dos Tribunais de Contas do País completamente dominado por eles. Aí seria o paraíso, continuariam dominando e mantendo seus altos privilégios. E ainda criariam mais cargos altamente remunerados nesse novo Conselho Nacional.
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