Sob forte pressão da oposição, o Congresso Nacional criou nesta quarta-feira a CPI do MST. O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal petista Marco Maia (PT-RS), leu o requerimento de criação da CPI durante sessão do Congresso, mas a comissão só será efetivamente instalada se não houver retirada de assinaturas dos deputados favoráveis às investigações. Os parlamentares tinham até a meia-noite desta quarta-feira para retirarem assinaturas, como previsto pelo regimento do Congresso. A oposição precisa garantir que pelo menos 171 deputados e 27 senadores mantenham as assinaturas. No total, DEM e PSDB conseguiram recolher assinaturas de 185 deputados federais e 35 senadores favoráveis à instalação da CPI. Se o mínimo de assinaturas não for mantido, a CPI será automaticamente arquivada, como aconteceu há quase um mês, na primeira tentativa da oposição de criar a comissão. Apenas 70 deputados que integram partidos da base subordinada do presidente bolivariano Lula na Câmara assinaram o requerimento de criação da comissão. Dos 185 deputados que assinaram o pedido da CPI, 117 são dos três maiores partidos da oposição (DEM, PSDB e PPS). Nenhum deputado do PT, partido do presidente bolivariano Lula, assinou o requerimento. No PMDB, legenda com maior bancada na Câmara dos Deputados, apenas 22 deputados aderiram ao pedido de criação da CPI. A oposição acusa o governo bolivariano de cooptar parlamentares da base com ameaças de não liberação de emendas caso assinassem o requerimento.
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