sexta-feira, 17 de julho de 2009
Polícia Federal diz que grupo ligado a Sarney queria sangrar cofres públicos
O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Boi Barrica, destinada originalmente a rastrear saques suspeitos às vésperas das eleições de 2006, diz que a investigação acabou por esbarrar no que, segundo a própria Polícia Federal, seria a prova de que o grupo do empresário Fernando Sarney se transformou em uma "organização criminosa" instalada na estrutura da administração federal. A partir de escutas telefônicas e documentos obtidos na quebra do sigilo eletrônico dos investigados, a polícia afirma ter chegado a provas de que o grupo usava o poder do sobrenome Sarney para ter acesso, por exemplo, ao Ministério das Minas e Energia e às estatais do setor elétrico, feudos de José Sarney. Outro nicho de atuação do grupo é a Valec, estatal encarregada da construção da Ferrovia Norte-Sul, onde o senador mantém apadrinhados. Os relatórios da Polícia Federal falam na influência de Fernando Sarney junto à cúpula do Ministério das Minas e Energia, ocupado por Edison Lobão (PMDB), indicado de Sarney. Há conversas dos investigados com Lobão e com seu antecessor, Silas Rondeau, outro apadrinhado do senador. Rondeau figura entre os investigados, a exemplo do diretor de Engenharia da Valec, Ulisses Assad, colega de Fernando Sarney na Poli (Escola Politécnica) da USP. Outro integrante da turma que está entre os investigados é Astrogildo Quental, diretor da Eletrobrás.
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