segunda-feira, 25 de maio de 2009

Diretório estadual do PDT gaúcho é convocado a definir posição do partido sobre abertura de CPI

Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, na sede estadual do PDT, em Porto Alegre, a cúpula do partido decidiu convocar os 200 integrantes do diretório estadual para decidirem no voto se o partido deve ou não apoiar a abertura de uma CPI para investigar o governo de Yeda Crusius (PSDB). A reunião para definir a posição do partido deverá acontecer no dia 15 de junho. Caso o diretório feche questão pela instalação da CPI, os deputados estaduais trabalhistas Kalil Sehbe, Gerson Burmann e Giovani Cherini, hoje contra a CPI petista, ficarão obrigados a assinar o requerimento. Se descumprirem a decisão partidária, poderão sofrer um processo de expulsão do partido. O presidente nacional do partido, deputado federal Vieira da Cunha, afirma que a bancada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul não pode ficar dividida. O PDT é atualmente um partido irreconhecível para os que o conheceram sob o comando de Leonel Brizola. Não passa de uma sigla caudatária do PT, totalmente subalterna. O presidente do partido, Carlos Lupi, é ministro do governo petista de Lula (Ministério do Trabalho) e a principal liderança estadual, Alceu Collares, ex-governador, tem um empreguinho bem remunerado de conselheiro de Itaipu. Collares é um caso típico de Síndrome de Estocolmo na política. Durante seu governo, os petistas faziam piquete em frente do Palácio Piratini e cantavam o seguinte refrão para a mulher do governador trabalhista: “Neusa, Neusa, de cama em cama chegastes a primeira dama”. Mas, Collares mostra ter muita flexibilidade. Até o momento o PT só conseguiu reunir 17 assinaturas para a instalação da CPI. São necessárias mais duas assinaturas. Em uma daquelas coisas que só a situação atual da política gaúcha explica, PT e PFL (atual DEM) estão juntos. Já em Brasília, o PT não quer a CPI da Petrobras de jeito nenhum. A atitude do PDT comprova que o partido se tornou em uma sigla camaleônica, porque participou do governo Yeda Crusius no seu começo. E ainda participa até hoje, ocupando uma das diretorias do Banrisul.

Nenhum comentário: