sexta-feira, 1 de maio de 2009
Brasil quer antecipar pagamentos de Itaipu para ajudar Paraguai
A uma semana da visita oficial ao País do presidente paraguaio, o ex-bispo “Pai Nosso” Fernando Lugo, o governo Lula prepara um pacote de ajuda para tentar demover o vizinho da idéia de mexer no Tratado de Itaipu. Pela principal medida em estudo, o Brasil ajudaria a reforçar o caixa do governo paraguaio, antecipando a compra da energia excedente da usina hidrelétrica. Essa proposta, na visão de setores do Planalto, pode evitar o aprofundamento da crise política paraguaia. A oferta não contempla a demanda do Paraguai de reajuste de preço e de mudança no Tratado de Itaipu, mas tem como vantagem imediata a geração de receita suficiente para o governo paraguaio aplicar em programas sociais que possam, em curto prazo, contornar a atual debilidade política da gestão de Lugo. Ou seja, o governo Lula está preparando a salvação política do governo Lula, um desmoralizado bispo católico que plantou filhos em pencas pelo país, e que namorava garotas menores de idade. Uma outra proposta está em estudo e vai ser discutida em uma reunião técnica no próximo dia 5, em Brasília: fazer uma elevação substancial no pagamento adicional pela energia cedida pelo Paraguai. Em janeiro passado, o governo Lula propôs a duplicação do valor, dos atuais US$ 105 milhões para US$ 215 milhões ao ano, desconsiderada pelo Paraguai. Além desses recursos emergenciais, o governo brasileiro insistirá em sua oferta de janeiro, orientada para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento econômico do país vizinho. Esse pacote envolve a criação de um fundo binacional para alavancar programas no Paraguai e a abertura de uma linha de US$ 1 bilhão no BNDES para financiar obras, entre as quais a construção das pontes entre Porto Murtinho (MS) e Canelo Peralta e entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco. Também consta do pacote a linha de transmissão da energia de Itaipu a Assunção, obra de cerca de US$ 450 milhões, e mais 13 projetos de cooperação brasileira no país vizinho. O Paraguai rejeitou todo esse pacote, no último dia 30 de março, por meio de nota endereçada ao Itamaraty. A arrogância paraguaia, que marcou as negociações anteriores com o Brasil, deverá desaparecer agora, imagina o governo Lula, após a desmoralização do “Pai Nosso” Fernando Lugo.
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