sexta-feira, 1 de maio de 2009
Bancos brasileiros deverão ter maior controle sobre risco de crédito
O Conselho Monetário Nacional aprovou uma resolução que obriga as instituições financeiras a implementarem uma unidade específica e independente de gerenciamento de risco de crédito até 2010. De acordo com o Banco Central, a implementação dessa exigência já era prevista desde setembro de 2007 e estava em consulta pública desde o ano passado. A medida faz parte do cronograma de implantação do acordo de Basiléia 2 no Brasil, conjunto de regras definidas pelo BIS (organismo internacional que reúne bancos centrais de vários países) em 2004. O chefe de departamento de Normas do Banco Central, Amaro Gomes, disse que a mudança não está relacionada com a crise econômica ou ao aumento recente da inadimplência no Brasil, pois as recomendações estão relacionadas a regras fixadas anteriormente. Ele disse que as mudanças a serem definidas devido à crise ainda estão em estudo pelos bancos centrais internacionais. O Banco Central informou que, dentro do processo de Basiléia 2, já foram definidas no Brasil regras para gestão de outros três tipos de risco: liquidez, operacional e mercado. A questão do crédito completa agora o grupo dos quatro principais riscos. O BC informou que os bancos já possuem hoje unidades para avaliação de risco de crédito, mas que nem todos atendem às exigências fixadas agora pelo Conselho Monetário Nacional. A nova regra aumenta, por exemplo, a responsabilidade e o envolvimento da diretoria do banco no gerenciamento do risco de crédito. Se você quer saber o que é risco de crédito, imagine, por exemplo, o Banco Rural emprestando para o PT, em operação intermediada por Marcos Valério e assinada por Delúbio Soares e José Genoíno.
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