sábado, 11 de abril de 2009

Mandante do assassinato de Dorothy Stang se entrega para a polícia no Pará

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, entregou-se na quarta-feira à noite para a polícia civil do Pará. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Bida passou a noite na Superintendência da Polícia Civil de Altamira e foi transferido na quinta-feira para a penitenciária da cidade. A secretaria informou que a prisão de Bida foi negociada com seus familiares. Os policiais prenderam o acusado em sua fazenda, localizada na cidade de Pacajá, próxima de Altamira. Bida voltou para a prisão depois da Justiça do Pará anular o julgamento de maio de 2008, que o absolveu. Na última terça-feira, a 1ª Câmara Criminal da Justiça do Pará determinou a prisão preventiva de Bida. A absolvição ocorreu no segundo júri de Bida no caso. O primeiro havia ocorrido em maio de 2007. Daquela vez, ele havia sido condenado a 30 anos de prisão. Na última terça-feira, os desembargadores ainda anularam o último julgamento que condenou Rayfran das Neves Sales a 28 anos de prisão, conhecido como Fogoió, acusado de matar a missionária norte-americana. Segundo o Tribunal de Justiça, o pedido de anulação dos julgamentos foi feito pelo Ministério Público que, entre outras alegações, contestou o vídeo apresentado pela defesa de Bida, em que Amair Feijoli da Cunha, o "Tato", aparece inocentando o fazendeiro. Segundo o Ministério Público, o vídeo foi anexado aos autos de forma ilegal. Já em relação ao julgamento de Fogoió, o Ministério Público pediu anulação em virtude dos jurados não terem aceitado como agravante da pena o fato de o acusado ter aceitado recompensa de R$ 50 mil pelo assassinato. Segundo o pedido, caso a recompensa fosse levada em consideração, a pena seria superior aos 28 anos. O outro suspeito de mandar matar Dorothy, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, aguarda em liberdade ao seu julgamento, previsto para acontecer até o fim de junho.

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