domingo, 26 de outubro de 2008

Crise financeira faz países voltarem a bater na porta do FMI

A crise financeira ressuscitou o FMI (Fundo Monetário Internacional), que na sexta-feira anunciou empréstimo de US$ 2,1 bilhões à Islândia e voltou a despontar como bóia de salvamento para muitos governos com a água no pescoço. Após meia década praticamente sem clientes, período no qual foi obrigado a reduzir o quadro de funcionários e reavaliar seu papel no mundo, o órgão multilateral de crédito agora não pára de ouvir o telefone tocar. A entidade se tornou credora de países que não conseguem empréstimos em nenhuma outra instituição. Na porta do FMI, batem Paquistão, Belarus, Hungria e Ucrânia. Também a Bolívia pode chegar lá. O FMI já disse contar com US$ 250 bilhões para essas operações. A Ucrânia pode receber US$ 15 bilhões desse bolo em dois anos, enquanto o Paquistão pode precisar de US$ 10 bilhões. Outros países da leste da Europa provavelmente engrossarão a lista de pedintes, devido aos seus altos déficits em conta corrente, que os tornam dependentes do capital externo em um momento no qual os investidores fogem de ativos de risco. Durante a crise asiática em 1997, o FMI exigiu dos governos cortes nos gastos públicos, o que agravou a contração das economias socorridas.