sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Agente penitenciário gaúcho condenado pelo enforcamento do músico Diógenes Gomes de Lima

O agente penitenciário gaúcho Jorge Rosa Macalão foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão por envolvimento direto no assassinato do músico Diógenes Gomes de Lima, em março de 1992. Em uma sexta-feira, ao entardecer, o músico Diógenes Gomes de Lima, de 31 anos, capitão da reserva do Exército, foi preso sob a acusação de ter estuprado uma menininha de seis anos. Levado para o Palácio de Polícia, em Porto Alegre, ele teve lavrado na mesma noite um flagrante homologado pela Justiça, e levado para o Presídio Central de Porto Alegre. Lá, é notório que estuprador não sobrevive. Colocado na cela Jumbão, Diógenes foi vítima durante horas de estupros realizados pelos presos, açulados por agentes penitenciários (entre eles havia uma mulher, uma agente penitenciária que ia para o trabalho como se estivesse saindo para um baile, usando sandálias de tiras e de salto alto). Também brigadianos participaram desse açulamento. O músico entrou em surto psicótico. Foi transferido para o Hospital Penitenciário, uma ala do Presídio Central. Como seu estado não melhorava, ele foi transferido para o Presídio Psiquiátrico, isso após dois dias de intensos estupros. Para transferi-lo para o Presídio Psiquiátrico, os agentes penitenciários o doparam completamente. Nesta unidade prisional, da noite de domingo para segunda-feira, providenciaram o enforcamento do músico Diógenes em sua própria cueca, amarrada à grade da janela de sua cela. Foram necessários 16 anos para ser condenado um participante desse brutal crime, que teve mais de 50 envolvidos.