segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Tribunal de Contas de São Paulo pagou funcionários particulares para seu presidente
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Eduardo Bittencourt Carvalho, usou o órgão para pagar funcionários particulares, entre eles um nutricionista (que ainda recebe pelo tribunal, mesmo sem trabalhar) e um secretário particular. O nutricionista Petrúcio Gomes da Silva, cuidava do pai do conselheiro, mas foi nomeado como agente de segurança e fiscalização do tribunal. Ruy Imparato, de 68 anos, foi nomeado como auxiliar de gabinete em abril de 1991, mas não exercia as funções do cargo. "Ficava na casa do Eduardo, prestava serviço pessoal para ele e a família, pagava escola, dentista, médico, coisas assim”. Sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo empregam filhos, irmãos e noras em cargos de confiança, com uma média salarial de R$ 12 mil líquidos. Bittencourt nomeou seus cinco filhos para o seu gabinete. Bittencourt disse que os filhos foram contratados por livre provimento, o que é previsto em lei. Em dezembro, o conselheiro Antonio Umberto de Souza Jr., do Conselho Nacional de Justiça, disse ser irregular e preocupante a prática de nepotismo no TCE-SP: "O acesso ao cargo público deve ser por mérito. A Constituição prevê alguns cargos de livre nomeação, mas é muito pior usar esses cargos para colocar parentes. A impressão que essas autoridades passam é que elas têm o direito de preencher as vagas como bem entenderem, o que não é verdade”.
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