Matilde Ribeiro anunciou hoje a sua saída da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Social após ser acusada de usar irregularmente o cartão corporativo do governo. A demissão foi comunicada logo após ela ter mantido um encontro com o presidente Lula no Palácio do Planalto. A permanência de Matilde no governo passou a ser questionada após o desgaste provocado pela denúncia de irregularidades no uso do cartão de crédito corporativo. Em 2007, as despesas de Matilde com o cartão corporativo somaram R$ 171 mil. Desse total, ela gastou R$ 110 mil com o aluguel de carros e mais de R$ 5.000,00 em restaurantes. Um dos gastos considerados suspeitos foi o pagamento de uma conta de R$ 461,16 em um free shop. A assessoria da ex-ministra disse que ela usou o cartão corporativo “por engano” e que já teria devolvido o montante para os cofres públicos. Apesar das justificativas, Lula considerou que a permanência de Matilde no ministério mantinha as denúncias de irregularidades no noticiário e prejudicava o governo. Lula esperava que a própria Matilde Ribeiro tomasse a iniciativa de deixar o cargo para evitar um desgaste ainda maior. Mesmo em férias, Matilde usou o cartão corporativo para pagar despesas. Matilde usou o cartão corporativo para pagar despesas de R$ 2.969,01 no período de 17 de dezembro de 2007 a 1º de janeiro, quando estaria em férias. Na véspera de Natal, por exemplo, Matilde pagou R$ 1.876,90 para uma locadora de carros. No dia 17, o primeiro das férias, ela pagou R$ 104,00 em um bar da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, considerada zona boêmia da cidade.
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