terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Wall Street Journal diz que recessão nos Estados Unidos pode ser mais profunda que as anteriores

Uma recessão nos Estados Unidos, hoje, com os elementos que podem precipitá-la (crise imobiliária e de hipotecas, restrição ao crédito, prejuízos dos bancos, altos preços da energia e fraco mercado de trabalho) pode ser mais profunda que as registradas nos últimos 25 anos, segundo reportagem do jornal The Wall Street Journal. De acordo com o economista David Rosenberg, do banco de investimentos Merrill Lynch, a recessão em que os Estados Unidos correm o risco de cair hoje pode ser mais severa que a de 2001 (logo após o estouro da bolha das empresas "pontocom" e agravada após os ataques contra o World Trade Center em 11 de setembro daquele ano). A opinião é compartilhada pela economista Carmen Reinhart, da Universidade de Maryland. Segundo ela, a atual crise pode estar entre as mais graves que já atingiram os países industrializados desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O economista Robert Gordon, da Northwestern University (no estado de Illinois), disse que a economia norte-americana pode encontrar um ponto de sustentação em suas exportações, que vêm crescendo, mas que, apesar disso, a recessão pode estar perto. Pesquisa divulgada na sexta-feira pela revista "Fortune" mostrou que os norte-americanos já vêem a economia dos Estados Unidos em recessão ou prevêem que ela deverá entrar em algum momento deste ano. Segundo a pesquisa, 19% dos entrevistados disseram que a economia já está em recessão, enquanto 57% afirmam que a economia irá entrar em recessão em algum momento neste ano. Cerca de metade dos entrevistados disseram também que já passaram a cortar gastos, o que foi visto como mau sinal para a economia. "Se os consumidores preocupados com a recessão passarem a reduzir seus gastos, isso vai se tornar uma profecia auto-realizável", disse o diretor de pesquisa econômica da Argus Research, Rich Yamarone.

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