O presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos do País), Sérgio Gaudenzi, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) inauguraram na sexta-feira o novo túnel que dá acesso ao aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. O túnel passa sob a avenida Washington Luís e dá acesso ao estacionamento do terminal sem necessidade de parada no semáforo. A previsão é que cerca de 1.800 veículos passem pelo novo acesso ao terminal por hora, o que deverá reduzir o congestionamento na avenida Washington Luís no sentido centro-bairro. Foram investidos R$ 23 milhões em sua construção. Com 310 metros de extensão, o túnel recebeu o nome do ator Paulo Autran. A viúva do ator, Karin Rodrigues, e atores, participaram da cerimônia de inauguração realizada em comemoração aos 454 anos de fundação de São Paulo. Emocionada, Karin disse que a homenagem tem "certa coerência", porque Paulo Autran sempre viajou com suas peças e passou "inúmeras" vezes por Congonhas. "Agora, os atores que viajam são obrigados a passar pelo Paulo Autran", comentou ela. Em nome da classe artística, o ator Juca de Oliveira falou sobre o fato de Paulo Autran ceder seu nome para uma obra "extremamente visível". "O Paulo representou muito para o Brasil. Dignificou a carreira e foi um símbolo de resistência democrática. É importante ele ser imortalizado nesta obra", afirmou. O governador José Serra ressaltou que o túnel vai facilitar o acesso ao aeroporto não só para quem viaja, mas também quem trabalha no terminal. "Todo mundo que vier para o aeroporto vai lembrar do Paulo Autran. Vai lembrar da figura humana e da qualidade artística e vai ser um incentivo para todos os atores que embarcam em Congonhas", disse Serra. Já o presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi, disse que a área de embarque do aeroporto de Congonhas será ampliada e ocupará parte do local onde ficam as lojas atualmente. Ele diz que as obras para adequação da área de embarque poderão começar ainda neste ano, pois o projeto já começou a ser estudado pela Infraero. "Na parte interna, vamos ter que abrir um pouco aquela parte do embarque. Há lojas demais e pouco espaço para o passageiro. E é preciso que, em primeiro lugar, se trabalhe o conforto do passageiro”, disse ele. Gaudenzi disse também que a Infraero já estuda, em fase preliminar, o prolongamento das pistas do aeroporto da capital paulista. O presidente da Infraero avalia que o aeroporto de Viracopos, em Campinas, deve voltar a ter grande importância nas viagens nacionais e internacionais. Já a construção de um terceiro aeroporto na Grande São Paulo ainda passa por estudos da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). "Há a possibilidade, sem dúvida bem mais clara, de se trabalhar em Campinas, porque, com o projeto do trem rápido, que seria agora Rio-São Paulo-Campinas, nós podemos ter também um outro equipamento muito bom”.
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