quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Deputados indiciados pela Polícia Federal são denunciados no TRE de Alagoas
O líder comunitário Antônio Fernando da Silva, coordenador estadual do Fórum pela Moralização Eleitoral em Alagoas (Comitê 9840) entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, solicitando que o Ministério Público Eleitoral mova uma ação contra os dez deputados estaduais alagoanos envolvidos no desvio de R$ 200 milhões do duodécimo da Assembléia Legislativa do Estado. Segundo Antônio Fernando, a representação foi protocolada no Cartório Eleitoral, no dia 28 de dezembro de 2007, dirigida ao juiz da 2ª Zona Eleitoral, que deverá encaminhá-la ao procurador eleitoral, para que seja analisada. Na representação, o líder comunitário, que é conhecido por Fernando CPI, pede a cassação dos deputados e ex-deputados estaduais indiciados pela Polícia Federal na Operação Taturana. "Chegou a hora da Justiça Eleitoral dar um basta aos políticos corruptos, que utilizam o dinheiro do povo para comprar votos e se perpetuar no poder", afirmou Fernando CPI, que já entrou também com uma outra representação no Ministério Público Estadual, solicitando que a instituição ingresse com uma ação civil pública para processar os responsáveis pelo desvio dos R$ 200 milhões da folha de pagamento da Assembléia Legislativa. Apesar de já ter sido ameaçado de morte, Fernando CPI disse que não teme retaliações: "Nunca tive medo de denunciar ninguém, muito menos deputados envolvidos com desvio do dinheiro público. Além disso, sempre faço minhas denúncias com base em documentos e em defesa da coletividade". Ao todo, mais de 50 pessoas já foram indiciadas pela Polícia Federal e vão responder na Justiça por envolvimento no golpe, entre as quais dez deputados estaduais, incluindo o presidente da Assembléia, Antônio Albuquerque (DEM), apontado como chefe da quadrilha. Entre os indiciados estão também os ex-deputados estaduais Celso Luiz, Gilberto Gonçalves, Gervásio Raimundo, Timóteo Correia e Fátima Cordeiro.
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