terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Clara Rojas recebe a guarda provisória de seu filhinho

Clara Rojas, libertada na semana passada pela guerrilha colombiana, retornou a Bogotá no domingo, e pôde rever seu filhinho Emmanuel, separado dela quando tinha oito meses. Hoje o garoto está com três anos. "Eu me sinto a mulher mais feliz do mundo e mais orgulhosa com o meu bebê. Ele está divino, tem um olhar lindo", disse ela, emocionada. As cenas do reencontro foram divulgadas em vídeo pelo Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF). A diretora do ICBF, Elvira Forero, explicou que Clara Rojas e Emmanuel passarão por "sessões de conhecimento" para que o menino forme vínculos com a família e tenha a "qualidade de vida que merece". A custódia do garoto foi concedida a ela provisoriamente, até que os trâmites para a guarda permanente se encerrem, provavelmente no prazo de duas semanas. A ex-refém voltou a pedir compreensão dos meios de comunicação e de todo o mundo. "Venho em um processo forte de esgotamento. Então, quero pedir para ficar tranqüila", afirmou. Ela disse que sua mãe, Clara González de Rojas, Emmanuel e ela própria passarão por tratamentos médicos, e precisam descansar 'uns dias, semanas ou meses'. Mais uma vez, Clara Rojas agradeceu a "todos os concidadãos, compatriotas e amigos do mundo" pelo bem que fizeram a ela e a seu filho. Emmanuel ainda sofre seqüelas de seu tempo em cativeiro. Uma fratura em um braço durante o nascimento ainda o impede de fechar a mão. Ele também apresenta dificuldades psicomotoras. Ele foi entregue a um orfanato com malária, leishmaniose e diarréia aguda. O garoto é fruto de uma relação consentida entre Rojas e o guerrilheiro Juan David, de quem Rojas não tem mais notícias. Clara Rojas, evidentemente, foi vítima da chamada “Síndrome de Estocolmo”, pela qual as vítimas acabam atraídas por seus torturadores ou carcereiros. Com oito meses, no início de 2005, os terroristas das Farc arrancaram o menino dos braços da mãe e o entregaram para o camponês José Crisantemo Gómez Tovar, que o levou para tratamento médico em um posto de saúde. Porém, devido às evidências de maus tratos, Emmanuel foi levado ao ICBF e passou à guarda do Estado. Os terroristas e traficantes das Farc são tão ruins como os nazistas.

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