domingo, 9 de dezembro de 2007
Realização de leilão de usina do Madeira custará R$ 1,4 milhão
A realização do leilão da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, custará R$ 1,4 milhões. O valor será dividido entre os consórcios que disputam a construção da usina e as distribuidoras que comprarão a energia do empreendimento. O leilão será feito na segunda-feira, na sede da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em Brasília. Os custos são principalmente com a rede de informática, compra de microcomputadores e a infra-estrutura da licitação. Além disso, a agência teve gastos com a contratação de seguranças, recepcionistas, garçons e uma empresa de auditoria independente. Para o leilão, a Aneel construiu uma rede de computadores que só poderá ser acessada pelos competidores e organizadores do evento. O leilão será feito em regime de confinamento: os representantes dos consórcios ficarão em salas isoladas para as quais não poderão levar computadores, celulares, pagers ou qualquer tipo de equipamento que permita comunicação com o exterior. Na sala, terá apenas um telefone ligado diretamente com o suporte técnico para o caso de problemas com os computadores. Até mesmo os garçons que servirão os competidores foram separados por consórcio de forma a não se comunicarem com os concorrentes. Eles só entrarão nas salas de 45 metros quadrados acompanhados por um auditor. O leilão terá três fases. Na primeira, cada consórcio apresenta um lance de qualquer valor, desde que abaixo do preço-teto de R$ 122/MWh. Se uma das empresas fizer uma oferta mais do que 5% menor do que a das outras, é automaticamente vencedora. Caso tenha uma diferença de até 5% entre o menor lance e outros lances, o leilão passará para a segunda fase. Na segunda fase, o valor dos lances será gerado pelo sistema. A cada valor, os concorrentes informam se concordam ou não com o lance. Novos lances serão gerados pelo sistema até que sobre apenas uma empresa, que é a vencedora. Caso todas as empresas desistam, é aberta a terceira fase, na qual vence o consórcio que oferecer o menor preço, independentemente do valor. A tarifa final para o consumidor, porém, ainda poderá ser menor. Isso porque a empresa vencedora poderá optar por vender até 30% do total da energia da usina para o mercado livre, que é formado por grandes consumidores como indústrias, shoppings e supermercados. Quanto mais energia o vencedor vender no mercado livre, porém, mais baixa a tarifa para os outros consumidores. Estão inscritos para o leilão três grupos: Consórcio de Empresas Investimentos de Santo Antonio (Camargo Corrêa, Chesf, CPFL Energia e Endesa), Madeira Energia (Odebrecht, Andrade Gutierrez, Cemig, Furnas Centrais Elétricas e um fundo de investimento formado por Banif e Santander), e o Consórcio Energia Sustentável do Brasil (Suez e Eletrosul).
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