A Polícia Federal prendeu 36 pessoas, acusadas de integrar uma organização criminosa instalada na Assembléia Legislativa de Alagoas. O grupo é acusado de fraudar o IR (Imposto de Renda) em até R$ 200 milhões em cinco anos. Entre os presos estão um deputado, ex-parlamentares, assessores, funcionários da Assembléia e um ex-governador. Da chamada “Operação Taturana” participaram 370 policiais federais, os quais cumpriram mais de 79 mandados de busca e apreensão e 40 mandados de prisão. Entre os presos estão o deputado estadual Cícero Ferro (PMN), detido em flagrante por porte ilegal de armas; Flávio Jatobá (PTB), genro de Ferro e prefeito de Roteiro; Celso Luis Nailton, ex-presidente da Assembléia e ex-deputado; Nailton Felizardo, ex-deputado e tesoureiro da Assembléia Legislativa de Alagoas; Rafael Albuquerque, irmão do presidente da Assembléia de Alagoas; Daniela Moreira Silva Dório, secretária de Antônio Albuquerque; e o ex-governador do Estado, Manoel Gomes de Barros. Assessores de deputados também foram presos, além de um ex-comandante da Polícia Militar do Estado. Todos os presos foram conduzidos à Superintendência de Polícia Federal em Alagoas, em Maceió. As acusações são de peculato, estelionato contra a administração pública federal, fraude e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal confirmou ainda buscas nas casas de nove deputados estaduais, com apreensão de documentos, computadores, equipamentos eletrônicos e carros. As contas deles foram bloqueadas. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha se apropriava de recursos da Casa através de sua folha de pagamentos, com a inclusão de funcionários fantasmas e laranjas. Os envolvidos também declaravam à Receita Federal retenções de imposto de renda em valores superiores aos efetivamente retidos, além de se beneficiarem das restituições do IR feitas aos falsos funcionários.
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