domingo, 23 de dezembro de 2007
Petros pode ajudar a financiar primeira hidrelétrica no rio Madeira
O Petros, fundo de pensão da Petrobras, negocia com os vencedores do leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), entrar com até 10% do financiamento privado necessário para o projeto, disse o presidente do fundo, Wagner Pinheiro. A hidrelétrica está orçada em cerca de R$ 9,5 bilhões e o BNDES poderá financiar com até 70% do montante, com o restante a ser bancado pelas empresas participantes do projeto. "Podemos entrar com até 10% dos cerca de R$ 3 bilhões privados. As regras para um fundo de pensão impõem que podemos ter até 25% de participação numa SPE (Sociedade de Propósito Específico) e, se o capital for aberto, só podemos ter 20%", afirmou Wagner Pinheiro. A entrada no projeto da usina do rio Madeira faz parte de uma estratégia do Petros de ampliar sua participação em renda variável, principalmente no setor de infra-estrutura. "Geração de energia é um excelente negócio. Uma hidrelétrica gera por cem anos. É um investimento de longo prazo e com fluxo de caixa constante", disse Wagner Pinheiro. Ele comentou que a carteira atual do fundo é composta por 32% de renda variável e 62% de renda fixa e títulos do governo, com o restante distribuído em outros tipos de ativos. A meta, em dois anos, é reduzir a renda fixa para um patamar de 55% e aumentar a renda variável para 40%. "Queremos reduzir na renda fixa a participação em títulos públicos. Queremos ter um perfil de carteira com mais investimentos em energia, transportes, ferrovias e saneamento, que ainda carecem de regulação", afirmou Wagner Pinheiro. Segundo ele, o Petros fechará o ano com uma rentabilidade de 18% e com um lucro líquido superior a R$ 1,5 bilhão.
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