O pronunciamento do presidente Lula, que foi ao ar na noite da última quinta-feira, em cadeia nacional de rádio e TV, foi duramente criticado pela oposição. As lideranças do DEM e do PSDB condenaram o balanço feito por Lula. Segundo os oposicionistas, Lula mentiu ao afirmar que a saúde passará por dificuldades devido ao fim da CPMF. Os democratas divulgaram nota de repúdio ao pronunciamento. Para o presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), Lula deve cortar gastos públicos ao invés de sinalizar que vão faltar investimentos para a saúde. A primeira-vice-presidente do PSDB, senadora Marisa Serrano (MS), afirmou que ao tratar do crescimento econômico, o presidente quer negar a história brasileira para atribuir o êxito somente à sua gestão. Disse ela: "O que assistimos na economia, atualmente, por exemplo, é resultado de todo o trabalho efetuado ao longo dos últimos anos desde o governo do ex-presidente Itamar Franco. Não é construção de um homem só. É negar a história do País. Este é um governo que fala muito e faz pouco”. Rodrigo Maia divulgou nota oficial sobre o balanço feito por Lula. Em seis parágrafos, o presidente do DEM critica os principais pontos abordados por Lula: CPMF, crescimento econômico, investimentos na área social e as questões ambientais. Disse ele: "É deprimente ouvir um presidente da República, que está há tanto tempo no poder, manifestando intenções, fazendo promessas e lançando programas, em vez de prestar contas do que faz no governo". Segundo o PSDB e o DEM, o governo Lula dispõe de recursos suficientes para investir em saúde, sem ter de recorrer à arrecadação da CPMF. Para os democratas, uma das soluções é o corte de gastos públicos. Já os tucanos sugerem que Lula dê prioridade à saúde ao gerenciar os investimentos públicos. "O fim da CPMF não causará transtorno algum ao país porque há recursos de sobra para gerir o Estado com segurança e equilíbrio fiscal. Basta que o presidente Lula controle seus gastos. Hoje o maior ralo do dinheiro dos impostos são os gastos públicos", afirmou Rodrigo Maia.
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