O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse na sexta-feira que não vai se licenciar da presidência do PDT nem deixar o cargo no governo Lula. "Eu estou garantido pela Constituição Federal e, enquanto ela não mudar, eu continuo ministro e continuo presidente do PDT", afirmou ele. A Comissão de Ética Pública encaminhou ao presidente Lula um ofício no qual recomenda a demissão de Lupi por "choque de funções", por acumular os dois cargos. Para o ministro, o acúmulo das funções não é inconstitucional: "Querem me impedir de exercer uma função eleita por uma interpretação da ética, enquanto a ética não está acima da lei. A Constituição garante a liberdade de organização partidária e o exercício dela". Carlos Lupi, evidentemente, disse uma monumental besteira, mas não se poderia esperar mais de alguém que tem proximidade com os livros apenas pelas bancas de jornal que ele dirigia. Líderes de partidos do bloco composto por PDT, PSB, PC do B e PMN divulgaram nota na sexta-feira, na qual apóiam a permanência de Lupi no ministério e na presidência do partido. Segundo esses dirigentes, não há denúncia contra o ministro nem indício de que ele tenha praticado "qualquer ato antiético ou contrário à boa administração pública". "Lupi tem se dedicado com denodo ao trabalho no ministério, sem qualquer conflito com sua função de presidir um partido político, o PDT, função que também exerce com transparência e espírito republicano", diz a nota. De fato, já não há qualquer resquício de estrutura ética na cabeça do mundo político.
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