Na tentativa de aprovar a prorrogação da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez novas ameaças aos governadores. Segundo ele, sem os recursos do "imposto do cheque", os Estados poderão ser obrigados a fazer uma economia maior para ajudar o País a cumprir o superávit primário. "Para manter o superávit primário, nós vamos ter que aumentar o primário dos Estados, para manter as contas públicas em equilíbrio", afirmou o ministro nesta terça-feira. Ou seja, ele admitiu que o dinheiro da CPMF vai para formar o superávit primário. A meta de superávit primário para este ano é de 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto), sendo que o governo central é responsável por 2,2% e as estatais federais, por 0,65%. O restante cabe aos Estados, municípios e estatais estaduais e municipais. Segundo Mantega, isso poderia ser feito com a redução da autorização de gastos para os Estados. "Ninguém acredita que vamos fazer o milagre de absorver R$ 40 bilhões sem ter perdas para todos”, advertiu ele ameaçadoramente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário