domingo, 23 de dezembro de 2007
Estados Unidos envolvem chefe da inteligência da Venezuela em “caso da mala”
A Justiça dos Estados Unidos acusou na sexta-feira um diretor dos serviços de inteligência venezuelano de estar envolvido diretamente com o empresário Guido Antonini Wilson, personagem central do “caso da mala”. O caso explodiu em agosto passado, quando o empresário fez um vôo de Caracas para Buenos Aires com US$ 800 mil em dinheiro e foi detido pela alfândega argentina. Segundo a justiça norte-americana, o dinheiro que Wilson transportava era destinado à campanha presidencial de Cristina Kirchner, que venceu as eleições em outubro. De acordo com o documento da acusação apresentado na sexta-feira, o diretor da inteligência, identificado apenas como "Arvelo", ligou para Wilson em Miami no dia 6 de novembro, tranqüilizando-o sobre suas "preocupações" com os desdobramentos do “escândalo da mala”. Outro telefonema aconteceu em 18 de novembro, novamente sob o codinome "Arvelo", para informar Wilson que o advogado venezuelano Moisés Maónica, detido em Miami acusado de ser um agente secreto da Venezuela, entraria em contato com ele para aconselhar sobre a estratégia a seguir para encobrir os fatos. Na quinta-feira, a Justiça norte-americana também apresentou uma acusação formal contra cinco agentes venezuelanos envolvidos no caso de envio de dinheiro para a campanha presidencial da argentina Cristina Kirchner. Segundo o promotor responsável pelo caso, Thomas Mulvihill, os cinco réus buscavam encobrir a origem e o destino do dinheiro levado pelo empresário venezuelano Guido Antonini Wilson para a Argentina. Os acusados são quatro venezuelanos e um uruguaio que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos havia prendido na semana passada em Miami.
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