quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Entidade denuncia que governadora do Pará colocou família de menina presa com homens em risco

O Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) Emaús, instituição que integra o conselho deliberativo do Provita (Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas), afirmou nesta terça-feira que a governadora petista do Pará, Ana Júlia Carepa, colocou em risco a família da menina L., em Belém, ao visitá-la em endereço sigiloso do programa estadual de segurança e depois divulgar fotos do encontro no site do governo. Fotos da mãe da garota de 15 anos colocada em cela com homens em Abaetetuba (PA) ao lado da governadora e da secretária da Justiça e Direitos Humanos, Socorro Gomes, foram divulgadas no site junto com reportagem sobre o encontro. Por meio de sua assessoria, Ana Júlia informou que visitou a família para tranqüilizá-la. E negou tê-la colocado em risco. A mãe da garota (uma empregada doméstica de 44 anos), o marido, três filhos, um tio da menina e uma neta da mãe entraram no programa de segurança da Secretaria da Justiça e Direitos Humanos paraense em 28 de novembro, após receberem ameaças por telefone. Carros também rondaram a casa da família em Barcarena (PA). Nas fotos distribuídas à imprensa aparecem três irmãos da garota com os rostos encobertos por efeitos de computador. O local do encontro foi reconhecido por membros do Cedeca. "A governadora expôs a família. Se é um local sigiloso para resguardar a integridade física, não é para fazer marketing político", disse o advogado da entidade, Bruno Medeiros. A delegada Flávia Verônica Pereira, responsável pelo flagrante da prisão de L., não compareceu nesta terça-feira ao depoimento no Ministério Público.

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