domingo, 23 de dezembro de 2007
Embarque recorde de 350 mil bois aumenta receita com exportações
As cerca de 350 mil cabeças em pé enviadas para fora do País em 2007 representam menos de 1% das 42 milhões de cabeças que deverão ser abatidas até o final de dezembro. Mas, em termos de crescimento dos embarques, os números são interessantes: 45% maior do que em 2006 e duas vezes e meia maior do que em 2005. Esse novo filão oscila muito de acordo com as circunstâncias, principalmente o câmbio, e se originou por uma demanda ditada pelo hábito alimentar do Líbano, país árabe onde a população gosta de comer “carne quente”, ou seja, que não é resfriada no frigorífico e sim enviada imediatamente ao varejo. A empresa Caiapós Fabril, por exemplo, chegou a embarcar 15.000 bovinos em um único mês para o Líbano. Depois vieram outros clientes, o mais recente a vizinha Venezuela, às voltas com diminuição de seu rebanho. A empresa Muguidjana Agropecuária, de capital português, embarcou para Angola este ano 3.200 bovinos das raças Nelore, Guzerá, Brahman, Tabapuã, Gir, Sindi e Canchim, todos para reprodução, sendo 25% deles considerados de elite, por serem puros de origem. A atratividade do negócio se revela nos valores pagos. O preço médio de um bovino exportado pelo Brasil saltou de US$ 300,00 em 2006 para US$ 550,00 este ano. Os importadores venezuelanos chegam a pagar US$ 730,00 pelo exemplar. O Estado que mais leva vantagem é o Pará, escoadouro de 96% do gado em pé mandado para fora em 2007. O bezerro anelorado, que custava R$ 300,00 no final de 2006, custa hoje mais de R$ 420,00.
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