segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Dilma Rousseff diz sonoro “não” do governo federal a Yeda Crusius

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou na quinta-feira, em Porto Alegre, que o governo Lula não está "perturbado" pela derrubada da CPMF no Senado Federal. Ela revelou um discurso combinado com Lula, afirmando que quem perdeu com a queda de arrecadação, estimada em R$ 38 bilhões, foram os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), sobretudo os mais pobres. A ministra afirmou ainda que a equipe econômica analisa alternativas à redução de receita, mas que não há "pressa" no governo para isso. Dilma Rousseff também apontou que havia setores “lúcidos” entre as oposições, que haviam “compreendido” o governo Lula, e mostrou como exemplo de “lucidez” os governadores do PSDB, Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Yeda Crusius (RS). "Sabemos que há uma oposição responsável e isso é uma coisa muito boa, porque há um conjunto de lideranças da oposição que tem a compreensão clara da importância da CPMF", disse ela. Dilma Rousseff esteve em Porto Alegre para informar oficialmente a Yeda Crusius sobre a autorização, pela União, da aprovação de tomada de financiamento pelo Estado com o Bird (Banco Mundial) de US$ 1 bilhão, o que já era uma notícia velha. E, para a “lúcida” Yeda Crusius, Dilma Rousseff teve uma informação bem azeda: o governo Lula não vai dar um tostão sequer para ajudar o Estado. Mesmo assim, Dilma Rousseff foi tratada com a maior deferência no Palácio Piratini, onde recebeu torta de chocolate, velinha pelo aniversário de 60 anos e o “parabéns gaúcho”. Anos atrás, quando o Rio Grande do Sul foi menosprezado pelo governo federal, o então presidente José Sarney foi brindado com uma moção de repúdio aprovada na Assembléia Legislativa, por iniciativa do então deputado estadual Cesar Schirmer, a qual lhe recomendava que não viesse mais ao Estado. Atualmente os dirigentes públicos gaúchos recebem sonoros “não” de Brasília e mais se subordinam. Tudo que Dilma Rousseff prometeu foi a formação de uma “comissão” para estudar “projetos estruturantes” para sanar, a longo prazo, os problemas financeiros dos cofres gaúchos. É de morrer de rir.

Um comentário:

Anônimo disse...

E de que adiantou o votos do senadores gaúchos em favor da CPMF?

Este é um filme de horror, visto e revisto!

Quantas viagens, quantas reuniões, quantas comissões....